Instituto Inhotim
Instituto Inhotim | |
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Tipo | Parque de escultura, jardim botânico |
Inauguração | 2006 (12 anos) |
Visitantes | 250 000 |
Website oficial | |
Geografia | |
Coordenadas | |
Cidade | Brumadinho |
País | Brasil |
O Instituto Inhotim é a sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e considerado o maior centro de arte ao ar livre da América Latina[1]. Está localizado em Brumadinho (Minas Gerais), uma cidade com 38 mil habitantes[2], a apenas 60 quilômetros de Belo Horizonte.
Em 2014, o museu a céu aberto foi eleito, pelo site TripAdvisor, um dos 25 museus do mundo mais bem avaliados pelos usuários.[3
Etimologia[editar | editar código-fonte]
Segundo os moradores de Brumadinho, o local foi uma fazenda pertencente a uma empresa mineradora que, no século XIX, atuava na região e cujo responsável era um inglês, de nome Timothy – o "Senhor Tim", que, na linguagem local, acabou virando "Nhô Tim" ou "Inhô Tim".[4][5]
Histórico[editar | editar código-fonte]
Surgiu em 2004 para abrigar a coleção de Bernardo Paz, empresário da área de mineração e siderurgia, que foi casado com a artista plásticacarioca Adriana Varejão, e há 20 anos começou a se desfazer de sua valiosa coleção de arte modernista, que incluía trabalhos de Portinari, Guignard e Di Cavalcanti, para formar o acervo de arte contemporânea que agora está no Inhotim.
Em 2006, o local foi aberto ao público em dias regulares sem necessidade de agendamento prévio. O acervo abrigava obras da década de 1970 até a atualidade, em dezoito galerias (em 2011).[7][8] São 450 obras de artistas brasileiros e estrangeiros, com destaque para trabalhos de Cildo Meireles, Tunga, Vik Muniz, Hélio Oiticica, Ernesto Neto, Matthew Barney, Doug Aitken, Chris Burden, Yayoi Kusama, Paul McCarthy, Zhang Huan,[1]Valeska Soares, Marcellvs e Rivane Neuenschwander.[7]
As exposições são sempre renovadas e galerias são anualmente inauguradas.[7] Em 2010, o Instituto recebeu 42 000 alunos e 3 500 professores.[7] No mesmo ano, o número de visitações atingiu a marca de 169 289.[8]
Características[editar | editar código-fonte]
O Instituto Inhotim localiza-se dentro do domínio da Mata Atlântica, com enclaves de cerrado nos topos das serras. Situado a uma altitude que varia entre 700 metros e 1 300 metros acima do nível do mar, sua área total é de 786,06 hectares, tendo como área de preservação 440,16 hectares, que compreendem os fragmentos de mata e incluem uma Reserva Particular do Patrimônio Natural(RPPN), com 145,37 hectares.
A área de visitação do Inhotim tem 96,87 hectares e compreende jardins, galerias, edificações e fragmentos de mata, além de cinco lagos ornamentais, com aproximadamente 3,5 hectares de espelho d'água.[9] O jardim botânico tem 4.300 espécies em cultivo - marca atingida em 2011 [8] - e está cercado por mata nativa[1], com trinta por cento de todo o acervo em exposição para o público (cerca de 102 hectares em 2011).[8] Em reconhecimento à necessidade de preservar os 145 hectares de reserva, o instituto recebeu, do Ministério do Meio Ambiente, em fevereiro de 2011, a classificação oficial de jardim botânico, na categoria C.[10] Nesse jardim, estão cerca de 1 500 espécies catalogadas de palmeira, a maior coleção do tipo do mundo.[7]
Em fevereiro de 2010, os pavilhões em cubo branco foram substituídas por instalações transparentes. A intenção é promover o diálogo com o entorno de montanhas e mata. Em artigo de Fabiano Cypriano para o jornal Folha de S. Paulo, cita-se que as mudanças criam mais raízes locais e o Inhotim "se torna um novo paradigma para a exibição da produção contemporânea". [11]
Aberto de terça a domingo e aos feriados, o Inhotim oferece visitas temáticas, com monitores, além de visitas educativas para grupos escolares, que devem agendar previamente. Às quartas, a entrada é de graça.
Jardim botânico[editar | editar código-fonte]
O Instituto é o único lugar da América Latina que possui um exemplar da flor-cadáver, uma espécie nativa da Ásia conhecida como sendo a maior flor do mundo. O espécime floresceu pela primeira vez em 15 de dezembro de 2010, e novamente em 27 de dezembro de 2012.[12][13] A flor fica no Viveiro Educador, na Estufa Equatorial, ficou exposta ao público, e pôde ser visitada por interessados e curiosos.[14]
Bancos[editar | editar código-fonte]
Além das 170 obras de arte em exposição, o museu conta com 98 bancos do designer Hugo França. O primeiro banco foi colocado no jardim em 1990, sob a sombra da árvore tamboril, um dos símbolos do parque. Os bancos são feitos de troncos e raízes de pequi-vinagreiro, árvore comum na mata atlântica, que são encontrados caídos ou mortos na floresta.[15]
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