quinta-feira, 7 de junho de 2018

Frida Kahlo

O Surrealismo de Frida Kahlo




Dona de um estilo diferente e de roupas com estampas marcantes, Frida Kahlo era facilmente considerada uma mulher a frente de seu tempo e  que fez da arte um meio de escapar das tragédias que cobriam sua vida.

‘Frida Perna de Pau’, como era chamada por conta de uma grave sequela no pé esquerdo causada por uma poliomielite, tinha como principal ingrediente de suas magnificas pinturas a dor física e emocional sempre presente em sua vida. 

Antes de descobrir que queria seguir a carreira de pintora, Frida tinha a certeza de que seu futuro como médica já estava sendo traçado. Foi em 1925 que tudo realmente mudou. Vitima de um acidente envolvendo um bondinho, Frida teve grandes fraturas pelo corpo, fazendo com que ficasse presa em uma cama, castigada por uma crônica complicação na coluna. Foi nesse período que Frida se viu cara a cara com seu único meio de expressar suas angustias: a arte. Com um espelho e muita força de vontade, passou a pintar autorretratos, o que acabou se tornando de vez a sua marca registrada.

O surrealismo é muito presente em suas obras, usado para expressar sua realidade. Podemos notar isso de forma clara no famoso quadro ‘The Wounded Deer’, de 1946.  






Frida retrata sua própria cabeça no corpo de um frágil cervo gravemente ferido por flechas. O fundo é composto por uma floresta e passa a sensação de medo e solidão, dando a impressão de que o cervo nunca conseguira sair dali em direção ao horizonte. 

Frida pintou esse quadro em um dos momentos mais tristes de sua vida, em que viajou para Nova York e foi submetida a uma cirurgia na coluna. Ela estava certa de que a operação faria com que ficasse totalmente livre das dores, mas não foi isso que aconteceu, pois a cirurgia falhou. Frida voltou para o México e mergulhou na depressão, vendo sua vida definitivamente tomada pela dor. Frida se autorretratou da forma mais frágil possível, da mesma forma que se sentia. A artista chegou a declarar: “Eu nunca pinto sonhos ou pesadelos. Pinto a minha própria realidade”. 

Depois de uma vida inteira de dor e sofrimento, Frida faleceu no dia 13 de julho de 1954. A artista continuou sendo um ícone artístico mesmo depois de sua morte, deixando suas obras para servirem de inspiração para muitos outros artistas ao redor do mundo.

No dia 27 de Setembro, a exposição “Frida Kahlo, conexões entre mulheres surrealistas mexicanas” chega a São Paulo e será exposta no Instituto Tomie Ohtake. A exposição também conta com obras de Maria Izquierdo, Remedios Varo e Lenora Carrington.







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