segunda-feira, 7 de maio de 2018

                              Op Art



A palavra Op Art deriva do inglês Optical Art e significa Arte Óptica. Esse termo pode ter sido usado pela primeira vez pelo artista e escritor Donald Judd, em uma revisão de uma exposição de “Pinturas Ópticas” por Julian Stanczak. Mas tornou-se popular por seu uso em um artigo de revista Time, de 1964.
Ainda que traga rigor na sua construção, simboliza um mundo precário e instável, que se modifica a cada instante. Apesar de ter ganhado força na metade da década de 1950, a Op Art passou por um desenvolvimento relativamente lento.
Ela não tem o ímpeto atual e o apelo emocional da Pop Art, pois é excessivamente cerebral e sistemática, mais próxima das ciências do que das humanidades. Por outro lado, suas possibilidades parecem ser tão ilimitadas quanto às da ciência e da tecnologia.
A razão da Op Art é a representação do movimento através da pintura apenas com a utilização de elementos gráficos. Outro fator fundamental para a criação da Op Art foi a evolução da ciência, que está presente em praticamente todos os trabalhos, baseando-se principalmente nos estudos psicológicos sobre a vida moderna e da Física sobre a Óptica. A alteração das cidades modernas e o sofrimento do homem com a alteração constante em seus ritmos de vida.
O auge do movimento aconteceu em 1965, quando o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque abraçou o estilo com a exposição The Responsive Eye (O Olho que Responde), que apresentou 123 pinturas e esculturas de artistas como Victor Vasarely, Richard Anusziewicz, Bridget Riley, Ad Reinhardt, Frank Stella, Carlos Cruz-Diez, Jesus Rafael Soto, Josef Albers, Kenneth Noland dentre outros.
Muitos visitantes do museu ficaram intrigados pela colisão de arte e ciência, mas críticos como Clement Greenberg foram veementemente contrário ao movimento. A amplitude de exposições como a Responsive Eye também lançou dúvidas sobre o movimento, uma vez que através da inclusão de artistas como Frank Stella, cujos interesses eram tão diferentes dos de Vasarely.
As principais características da Op Art são:
  • Explorar a falibilidade do olho pelo uso de ilusões de óticas;
  • Defender para arte “menos expressão e mais visualização”;
  • Quando as obras são observadas, dão a impressão de movimento, clarões ou vibração, ou por vezes parecem inchar ou deformar-se;
  • Oposição de estruturas idênticas que interagem umas com as outras, produzindo o efeito ótico;
  • Observador participante;
  • Busca nos efeitos ópticos sua constante alteração;
  • As cores têm a finalidade de passar ilusões ópticas ao observador.
Os artistas mais destacados são:
Victor Vassarely (1908-1997) artista húngaro, considerado o precursor da Op Art. Influenciado pela arte cinética, construtivista e abstrata e ao movimento Bauhaus. As suas composições se constituem de diferentes figuras geométricas, coloridas ou em preto e branco. São engenhosamente combinadas, de modo que através de constantes excitações ou persistências retinianas provocam sensações de velocidade e sugestões de dinamismo, que se modificam desde que o contemplador mude de posição.
Os seus trabalhos são então essencialmente geométricos, policromáticos, multidimensionais, totalmente abstratos e intimamente ligados às ciências. Sugere facilidades de racionalização para a produção mecânica ou para a multiplicidade, como diz o artista, por outro lado, solicita ou exige a participação ativa do contemplador para que a composição se realize completamente como uma obra aberta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pop Art Pop Art é um movimento artístico que se caracteriza pela utilização de cores vivas e a alteração do formato das coisas. Muitas...